Uma conexão estável com ultravelocidade de internet otimiza os estudos, trabalhos, comércio e entretenimento. A tecnologia foi incorporada em quase todas as tarefas cotidianas e, por isso, a sociedade demanda internet rápida, prática e segura nos computadores e nos celulares.
Seja internet empresarial ou internet residencial, os usuários cada vez conectam mais aparelhos. Assim, o setor investe continuamente em inovação e oferece hoje o 5G para aparelhos móveis e o wi-fi 6 para criar redes de transmissão de dados sem fios.
Desde o lançamento em 1997 da primeira rede de internet sem fios, a conexão em rede ficou mais rápida, segura e ampliou a capacidade de cobertura do serviço.
Melhorar o desempenho das redes é um investimento contínuo da indústria. Um exemplo é a implementação da internet de fibra óptica, no qual os dados viajam até 20 vezes mais rápido do que em um cabo normal.
Para entender as mudanças no serviço de internet, é preciso conhecer as diferentes versões do wi-fi e das redes móveis. Além da primeira versão de internet sem fio criada em 1997, outros seis padrões são considerados marcos da progressão tecnológica na área.
A Age Telecom explica como as redes funcionam e quais os principais pontos de cada padrão, confira!
Entendendo as redes
A internet ampliou as formas de conexão do indivíduo com a sociedade e com outros indivíduos.
Não é mais preciso, por exemplo, esperar dias para receber via postal notícias de familiares que moram longe e, com dois cliques na tela do celular, é possível acessar um conteúdo produzido no outro lado do planeta.
Os dados podem viajar pelos cabos de fibra óptica em Brasília e chegar à tela de um smartphone de alguém passeando nas ruas de Tóquio em segundos. Podemos fazer isso pelo smartphone ou por computadores, ou seja, pelo Wi-fi ou pela rede móvel de dados.
Veja abaixo as principais mudanças nos padrões de internet wi-fi e, na sequência, as alterações a cada atualização da rede de dados para aparelhos móveis.
Wi-fi
A internet wi-fi (Wireless Fidelity) é uma tecnologia que permite a transmissão de dados em rede por sinais de radiofrequência que se propagam pelo ar. A cobertura depende do padrão selecionado e do roteador utilizado, mas pode alcançar áreas na casa de centenas de metros.
Para o desenvolvimento das redes integradas é essencial que haja normas para criação e uso das redes. A padronização de normas foi alavancada com a criação, em 1999, do grupo de trabalho Wireless Ethernet Compatibility Alliance (WECA), integrado por diversas empresas do setor. O grupo passou a se chamar Wi-fi Alliance em 2003.
Existem alguns padrões de internet wi-fi e cada um funciona em uma frequência específica, alguns na faixa de 2,4 GHz (Gigahertz), outros na faixa de 5 GHz.
A frequência da rede altera a força e o alcance da transmissão. Quanto maior o alcance, menor a força; e vice-versa. As redes que operam em 5 Ghz possuem uma força maior e um alcance menor em relação às redes que transmitem dados em 2,4 Ghz.
Os padrões precisam operar na mesma faixa de frequência para se conectarem, caso contrário uma rede não consegue ver a outra.
Outro fator importante nas redes de wi-fi é a quantidade de aparelhos que podem se conectar à rede. A capacidade de conexão com múltiplos aparelhos foi elevada à medida que os padrões foram atualizados.
A taxa de transmissão de dados varia entre 1 Mbps (megabytes por segundo) e 10 Gbps (gigabits por segundo). A velocidade ideal de cada residência depende do número de pessoas usando a rede simultaneamente e com qual finalidade.
Assistir vídeos em alta definição e jogar online exigem uma velocidade próxima a 25 mbps por pessoa, enquanto ver e-mail e acessar páginas de notícias requer 2 Mbps por pessoa.
O primeiro Wi-fi: 802.11 legacy
A primeira rede de internet sem fios surgiu em 1997 com o padrão 802.11, que determinou as diretrizes para criar e operar redes integradas sem fio. Atualmente o padrão é conhecido como 802.11 legacy.
A taxa de transmissão de dados da primeira rede de internet sem fio é de 1 Mbps ou 2 Mbps. Com essa velocidade de internet, o usuário poderia acessar alguns sites de notícias com fluidez e nada mais.
As redes criadas neste padrão operam nas frequências próximas a 2,4 GHz.
Wi-fi 1: 802.11b
Dois anos após a criação do primeiro Wi-fi, o padrão passou por uma atualização e recebeu o nome 802.11b.
Em 1999, o usuário poderia escolher entre quatro velocidades de transmissão no momento de estabelecer a conexão: 1 Mb/s, 2 Mb/s, 5,5 Mb/s e 11 Mb/s. Com a maior velocidade, de 11 Mb/s, é possível assistir vídeos por streaming.
Em ambientes abertos, a cobertura de rede pode chegar a 400 metros, enquanto em locais fechados o alcance da transmissão é de 50 metros.
Além de proporcionar maior velocidade de transmissão de dados, o padrão 802.11b inovou ao variar a taxa de transmissão de acordo com a distância entre o roteador e o aparelho conectado, o que torna a conexão mais funcional.
Wi-fi 2: 802.11a
O padrão 802.11a, disponibilizado no final de 1999, foi desenvolvido simultaneamente com o padrão 802.11b. A principal diferença é a possibilidade de operar com taxas de transmissão de dados mais elevadas, que variam de 6 Mb/s a 54 Mb/s.
Com a velocidade de 54 Mbps, duas pessoas poderiam acessar a rede simultaneamente e jogar online, que é a atividade que demanda maior velocidade de internet.
Outra distinção é a frequência de operação de 5 GHz, diferente em relação ao padrão 802.11 original.
O uso dessa frequência tem o benefício de uma rede mais forte, mas, por outro lado, gera dificuldade de comunicação com dispositivos que operam nos padrões 802.11 original e 802.11b, além de risco maior de redução de sinal causado por paredes.
Wi-fi 3: 802.11g
Em 2003, o padrão 802.11g foi apresentado com a mesma velocidade máxima de 54 Mbps que o padrão 802.11a. A diferença é que a rede opera na frequência 2,4 GHz, que proporciona um alcance maior que o 802.11a.
Como o padrão opera na mesma frequência que o Wi-fi 2 (802.11b), as redes podem se comunicar, mas a taxa máxima de transmissão é limitada à capacidade da rede mais antiga. Nesse caso, de 11 Mbps.
Wi-fi 4: 802.11n
Após cinco anos em desenvolvimento, o padrão 802.11n foi disponibilizado ao público em 2009 com uma velocidade máxima de 600 Mb/s.
A taxa de transmissão de dados elevada é possível pela inovação de combinar mais de uma via de transmissão.
Em relação à frequência, o padrão 802.11n pode trabalhar com as faixas de 2,4 GHz e 5 GHz, característica que o torna compatível com os padrões anteriores.
Wi-fi 5: 802.11ac
A principal vantagem desta versão lançada em 2013 é a velocidade máxima de 3,5 Gb/s (gigabits por segundo), muito superior aos padrões anteriores, graças a um novo método de modulação que amplia a quantidade de dados enviados de uma vez.
Outra novidade no padrão é o tempo de espera menor de cada equipamento conectado para iniciar a comunicação com a rede. Isso é possível pela transmissão simultânea do sinal para vários dispositivos.
O padrão 802.11ac trabalha apenas na frequência de 5 GHz.
Wi-fi 6: 802.11ax
A tecnologia 802.11ax teve suas especificações aprovadas de modo definitivo em fevereiro de 2021 e pode chegar a velocidade de transmissão de dados de 9,6 Gb/s.
Para proporcionar alta velocidade, a tecnologia Wi-Fi 6 conta com um sistema inovador e eficiente de codificação de dados. Nesse sistema, mais blocos de dados são compactados nas mesmas ondas de rádio.
Além disso, os chips internos responsáveis pela codificação e decodificação dos sinais tornaram-se mais poderosos, aumentando a velocidade.
O Wi-Fi 6 pode trabalhar tanto com a frequência de 2,4 GHz quanto com a de 5 GHz.
As suas características tornam o Wi-Fi 6 não só mais rápido como também apto a proporcionar alto desempenho a aplicações avançadas, com transmissões de vídeo em 4K / 8K e Internet das Coisas.
Redes móveis
As redes móveis funcionam por meio de radiofrequências que se comunicam com seu celular. Cada área geográfica é dividida entre células, que possuem uma estação de rádio base formada por antenas com receptores e emissores de sinais ligados a uma central telefônica.
Cada célula suporta uma quantidade limitada de conexões, mas o avanço das tecnologias foi permitindo, aos poucos, cada vez mais usuários conectados por quilômetro quadrado. A tecnologia 5G, a mais recente disponível no mercado, permite 1 milhão de conexões.
1G
A 1ª geração de conexões mobile surgiu com o objetivo simples de possibilitar ligações de voz em um aparelho sem fio, possibilitando a execução de chamadas em movimento.
A primeira geração de conexões sem fio para dispositivos móveis começou a ser usada no início dos anos 80.
2G
O foco do 2G era oferecer telefonia digital móvel aos usuários. Isso significou uma mudança do canal de voz para transferência de dados, que ocorreu em três etapas.
Na primeira fase, ofereciam-se chamadas de voz e SMS. Na segunda, passou-se a oferecer serviços de e-mail, melhora no SMS e serviços de notícias gerais, como clima e esportes. Na terceira etapa, pacotes de dados com altas taxas de transmissão foram implementados.
3G
O Universal Mobile Telecommunications System (UMTS — sistema móvel de telecomunicações universais) foi a primeira tecnologia que surgiu na 3ª geração de internet móvel, que começou a ser utilizada no Brasil em 2007.
O 3G permitiu a realização de videochamadas, a comunicação via VoIP e acesso à TV no próprio celular, além do aprimoramento de envio de e-mails e SMS.
4G
Também conhecida como Long Term Evolution (LTE — evolução a longo prazo), o 4G ainda é amplamente utilizado.
Diferente das gerações de redes móveis anteriores, o LTE prioriza tráfego de dados em vez de tráfego de voz, o que torna o 4G mais rápido e estável.
A velocidade de navegação depende da compatibilidade do aparelho usado, mas pode chegar a 300 Mbps de download e 75 Mbps de upload. Além disso, a latência também é muito mais baixa em comparação com as gerações anteriores.
5G
O objetivo do 5G, disponível no Brasil desde junho de 2022, foi expandir a rede de conexão móvel para o máximo de dispositivos possíveis. Nessa versão, os desenvolvedores levaram em consideração carros, eletrodomésticos, telemedicina, agricultura, educação e nas demais áreas da Internet das Coisas.
A expectativa com o 5G é alta e a tecnologia tem grande impacto na economia mundial.
No 4G a cobertura é de 10 mil aparelhos por quilômetro, enquanto no 5G a rede de cobertura pode ser de até 1 milhão de aparelhos por quilômetro.
A tecnologia de 5ª geração de conexão smartphone 5G conta com uma latência extremamente baixa. O tempo entre o upload e o download de um dado é de no máximo 1 milissegundo.
Em relação à velocidade, a transferência de dados do 5G pode alcançar 10 Gbps. Para comparação, a rede 4G baixa um filme HD com duração de 1 hora em cerca de 6 horas. Já na internet 5G, um filme de mesma duração é baixado em 6 segundos.
A evolução no setor não para e um novo padrão de internet wi-fi é esperado para 2023. Para seguir informado confira o blog da Age Telecom, empresa especializada em planos de internet residencial e empresarial com atendimento ágil e prestativo.