É possível dizer que somos uma geração altamente impactada pela tecnologia. Atualmente, é impraticável imaginar alguém que não tenha um smartphone no bolso que o deixe conectado todas as horas do dia com notícias, amigos e até as maiores futilidades da internet. 

 

Com os avanços da revolução tecnológica, chegamos a tamanha expansão digital que o espaço das redes sociais se estende por várias horas do dia, tanto para trabalho, quanto para o lazer. O fato é: a rolagem pelo feed é um exercício que consome mais espaço do dia do que muita academia por aí; de modo que podemos dizer que muitas pessoas passam consideravelmente mais tempo com o celular na mão do que fazendo qualquer outra coisa.

 

E falando em rolagem pelo feed, seja sincero, quantas vezes nas últimas semanas você se viu ansioso ou preocupado por ter lido alguma notícia? E quantas vezes você se viu caindo na rede de notícias em que uma notícia ruim puxa a outra e mais outra até que tudo o que esteja sobrando é você indo atrás e consumindo diversas notícias consideradas negativas?

 

Infelizmente, isso acabou se tornando um “passatempo” muito comum. E não é só você que passa horas e horas do dia consumindo notícias ruins ou negativas. 

 

Aliás, você sabia que essa prática de consumir notícias ruins compulsivamente tem nome? Doomscrolling, que, em tradução livre, fica algo como “rolagem da desgraça”. Outro nome dessa prática pode ser hiperinformação. 

 

Esses termos vêm sendo cada vez mais utilizados, uma vez que estamos sempre sendo bombardeados de notícias a cada dois cliques no celular e outros aparelhos eletrônicos; pensando nisso, a Age Telecom preparou esse artigo para te ajudar a identificar o doomscrolling, quais os impactos da hiperinformação e como podemos combatê-la.

 

Ficou curioso? Continue a leitura com a gente!

 

O que é Doomscrolling?

Doomscrolling foi um termo criado nos Estados Unidos que resume o hábito que grande parte da população tem de deslizar os dedos pela tela do celular e outros dispositivos digitais em busca de informação e o acompanhamento de notícias. Porém, como já explicamos, não é uma prática boa.

 

No doomscrolling ninguém fica preso em uma espiral de notícias felizes, como animaizinhos sendo adotados, crianças ganhando presentes de natal ou reencontrando o pai que voltou da guerra, por exemplo. Neste caso, o hábito é sistemático no deslizamento entre notícias ruins e tragédias, como vídeos de guerra ou coisas do tipo.

 

É uma prática que se popularizou durante a pandemia de Covid-19, e chamou a atenção de especialistas que alertam sobre os riscos para a saúde mental, uma vez que esse tipo de informação causa desconforto, tristeza, insegurança e até crises de pânico.

 

Sendo assim, podemos dizer que o doomscrolling é uma prática que afunda em um ciclo vicioso de ansiedade, tristeza e estresse, que também é responsável por levar a sensação da falta de esperança com o futuro.

 

Por que praticamos o doomscrolling?

Atualmente, com a velocidade da internet impulsionando as informações a chegarem na tela dos dispositivos eletrônicos na velocidade da luz, é muito mais difícil encontrar alguém que não esteja online durante boa parte do dia. 

 

Tudo começa com aquela olhadinha simples na tela no meio do horário do almoço, ou na hora do jantar. Deixando os aplicativos de joguinhos para o lado, você abre a primeira página de notícias e se depara com uma tragédia que desperta a curiosidade. 

 

Dessa curiosidade, o próximo passo é clicar no link. E dentro deste link terá o primeiro texto que, muito provavelmente, terá outros links, aguçando ainda mais sua curiosidade em saber o desfecho, ou compreender melhor a notícia que está diante de seus olhos. 

 

É quase um instinto investigativo que queima conforme os comandos da curiosidade, se mesclando em uma necessidade urgente de saber o que está acontecendo e o que pode acontecer. 

 

Seja com o mundo, com outro país, com o estado ao lado e com pessoas que você nunca viu na vida, mas acaba simpatizando de alguma forma; seja até com alguém com quem você definitivamente não simpatiza, mas tem a curiosidade aguçada com o desfecho. É assim que começa.

 

Essa é a receita do “sucesso” do doomscrolling.  Você vai pulando de uma notícia ruim para outra sem cessar; e conforme vai piorando o grau de cada notícia, maior é o nervosismo e a preocupação em busca de respostas. 

 

Essa necessidade do desfecho causa uma rolagem desenfreada aliada ao medo de perder informações importantes sobre o que se está lendo. 

 

Não é possível dizer exatamente o motivo que nos leva ao doomscrolling, mas boa parte dessa espiral começa com a curiosidade. Afinal, se conhecermos o perigo, como lemos em todas as notícias, podemos encontrar uma forma de combater, certo? 

 

Nem sempre! 

 

O perigo da busca pelo perigo

Existem diversos estudos que correlacionam os amantes de filmes de terror com os amantes da adrenalina de uma montanha-russa e de perigos como andar de madrugada pelas ruas ou assistir vídeos assustadores. A maioria dos estudos afirma que, em todos esses casos, há um instinto comum: a necessidade de emoção.

 

Estima-se que pessoas com essas “características” têm uma tendência a gostar do medo e estar constantemente em busca dele, desafiando-o apenas para provar que tem controle sobre ele. 

 

Apesar disso, por mais que pareça divertido você saber o final de um filme de terror bobo ou sentir o coração disparado depois de um brinquedo no parque de diversões, é preciso ter atenção e cuidado. 

 

O medo em excesso sobrecarrega o corpo, o que, por sua vez, faz com que sejam produzidos altos níveis de cortisol, causando efeitos perigosos em nosso cérebro.

 

O impacto da internet na hiperinformação

Você consegue lembrar do tempo em que não tínhamos a internet na palma da mão? Os nascidos antes dos anos 2000 provavelmente ainda podem lembrar do som emitido da conexão discada em casa, e ainda assim parece muito distante da era tecnológica em que estamos inseridos. 

 

Veja aqui os impactos da tecnologia nas nossas vidas!

 

Atualmente, a distribuição de internet via fibra óptica tem se tornado cada vez mais popular. O motivo é muito simples: ela é responsável pela transmissão de dados em altíssimas velocidades, e larga muito na frente quando comparada às suas antecessoras — a banda larga comum, via fios de cobre, e a internet discada. 

 

E, já que a internet fibra óptica é a conexão mais rápida que existe atualmente, e permite o tráfego de dados com velocidades equivalentes à velocidade da luz, fica difícil de imaginar um mundo em que não tenhamos as redes sociais e outros navegadores da internet na palma da mão, certo?

 

Com toda essa tecnologia tão perto do nosso alcance, estamos sempre consumindo informação, o dia inteiro, seja aquela fofoquinha entre os amigos que chega no grupo do WhatsApp, uma fofoca da família, uma briga entre famosos, alguém que traiu alguém, um casamento que acabou, entre outros. 

 

E, claro, não podemos deixar de citar o foco deste artigo: as notícias catastróficas que sempre estão rondando os portais. Mas o que isso quer dizer? Que é quase impossível vivermos livres da hiperinformação. 

 

E o grande problema da hiperinformação não é quando as notícias chegam até você, porque ninguém está acima disso, na selva que é a internet, mas sim quando você começa a procurar toda essa negatividade. 

 

Como identificar o doomscrolling?

Agora que você sabe como a velocidade da internet e a chegada da fibra óptica impactaram significativamente o modo como as notícias chegam na palma de nossas mãos, e nas telas dos celulares, é preciso ter atenção se você está consumindo conteúdo negativo demais, ou perdendo um tempo considerável na internet.

 

Veja abaixo os principais sinais do doomscrolling que a Age Telecom separou: 

• Ver as notícias várias vezes aos dias;

• Passar muito tempo buscando conteúdo na internet;

• Ver a mesma notícia várias vezes em busca de atualizações;

• Ter medo de perder algo importante se não estiver sempre antenado;

• Ler inúmeros artigos sobre o mesmo tópico;

• Sentir certa fixação por artigos com teor negativo;

• Negligenciar outras responsabilidades para ficar procurando mais notícias

• Negligenciar outras responsabilidades por estar afetado pelas notícias;

• Sentir tristeza na maior parte do dia depois de ler as notícias;

• Sentir ansiedade ou medo depois de ler as notícias;

• Ter dificuldade para dormir depois de ler as notícias.

 

Quais os impactos do doomscrolling?

Como estamos citando ao longo deste artigo, existem dois diferentes impactos causados pelo doomscrolling: os sentimentos tristes e os transtornos psicológicos. 

 

O primeiro está diretamente ligado às emoções, afinal, ninguém vai ver uma notícia sobre um cachorrinho abandonado no meio da rua e ficar feliz. Esse contato direto e desenfreado com notícias que causem tristeza, preocupação, medo, entre outros, acaba impactando o dia a dia.

 

Já o segundo está entrelaçado com a ansiedade! Estar o tempo todo em contato com notícias negativas causa preocupação, aflição, medo, desesperança e outros sentimentos que podem ser gatilhos para a ansiedade.  

 

Mas muito além desse transtorno, outras fobias e problemas podem surgir desencadeados do doomscrolling, como síndrome do pânico, transtorno de ansiedade generalizado (TAG), depressão, entre outros.

 

Ademais, existem outros efeitos causados em decorrência dos impactos nocivos da hiperinformação. Afinal, o doomscrolling pode afetar a vida humana em todas as esferas; seja na hora do trabalho com menos concentração e foco, seja nas relações românticas, com amigos, e familiares, e por aí vai.

 

Agora que você sabe um pouco mais sobre isso, que tal falarmos sobre como você pode combater o doomscrolling?

 

Como fugir do doomscrolling?

Combater qualquer tipo de "vício" nunca é fácil; requer atenção, cuidado e muita paciência. E sim, o doomscrolling pode ser considerado, em alguns casos, um tipo de vício extremamente perigoso, ainda mais quando falamos sobre saúde mental. 

 

A enxurrada de negatividade não faz bem para ninguém! E se você não consegue parar de procurar elas por conta própria, não precisa se desesperar! Vamos te dar algumas dicas que podem ajudar a combater a necessidade da hiperinformação. 

 

Esteja atento ao tempo que você passa online

Você já parou para calcular quanto tempo você passa no celular por dia? Essa informação é um passo essencial para te dar uma dimensão de quanto tempo da sua vida está sendo consumida diante de uma tela pequena. 

 

Veja bem, se você tem o costume de passar quatro horas por dia no celular, ao final de uma semana você vai ter estado online uma média de 28h. Isso dá mais do que um dia inteiro no celular em uma semana; sem falar nos jovens geralmente muito mais conectados do que quem tem que trabalhar a semana inteira. 

 

Um dos primeiros passos para te ajudar a combater o doomscrolling é saber quanto tempo você passa online por dia, dessa forma você pode até começar a mudar sua rotina! 

 

Aposte em temporizadores

Por mais que pareça bobo, o uso de temporizadores pode ser muito efetivo quando falamos em fugir da nocividade do doomscrolling. Se você tem a sensação de que não consegue parar de navegar na internet ou usar aplicativos específicos, talvez seja a hora de apostar no temporizador.

 

Alguns sistemas operacionais de smartphones já vêm com essa opção, mas sempre é possível encontrar outros aplicativos responsáveis por essa função. 

 

Como funciona o temporizador? Simples! Você define o tempo que pode usar um aplicativo específico por dia e, quando completar esse tempo, o temporizador bloqueará o aplicativo e só liberar no dia seguinte. 

 

Escolha momentos para deixar o celular de lado 

É importante, especialmente nos tempos em que vivemos, tirar um tempinho para se desconectar do celular e focar nas atividades necessárias, como trabalhar, estudar… E até dormir! 

 

Mesmo que o seu trabalho esteja diretamente relacionado à internet, evite tocar no aparelho. Troque o celular pelo computador, por exemplo. 

 

Consuma conteúdo positivo

No grande mar da internet sempre existe uma escolha; por mais que estejamos sendo bombardeados constantemente por notícias terríveis e caóticas, podemos escolher consumir um conteúdo legal como forma de equilibrar.

 

Para que ver um vídeo de cachorrinho sendo abandonado quando eu posso escolher ver um vídeo de um cachorrinho ganhando uma nova casa, por exemplo? Tente se ater para fazer essa troca sempre que possível. 

 

Vale vídeos de gatinhos, memes bobos, tirinhas, qualquer coisa que sirva de distração da hiperinformação para que as notícias negativas fiquem cada vez mais longe. 

 

Gostou do nosso artigo? Conseguiu ficar por dentro do que é o doomscrolling e os impactos que ele pode causar no seu dia a dia? A Age Telecom trouxe esse artigo para te ajudar a não deixar seu emocional afundar nessa areia movediça que é o ciclo vicioso de notícias tristes e cheias de desgraça. 

 

Afinal, é mais do que possível usar a internet para coisas boas, uma vez que foi ela a responsável por conectar o mundo. E o mundo conectado é um lugar muito mais seguro. 

E falando em um mundo conectado, se você quer muito mais conexão para o seu dia a dia e para fugir das notícias ruins, fale com a Age!